A PISCA-PISCA
ERA UMA VEZ UMA INSTRUTORA DE UM PROCESSO...
Um processo que tinha cara de sério mas todo esbardalhado na sua interioridade, feirado por algumas queixosas e imaturas psicólogas (diz-se!) e por alguém travestida de instrutora. Alheadas de qualquer compromisso com o trabalho, esgotavam-se em aparentar um compromisso sólido, e eficaz na representação, com o emprego.
...
Estava, a instrutora do processo, bem longe das intenções e das possibilidades destas, tanto institucional como academicamente. Ficou-se, como já habituada, pelas sobras.
PRISCILA PISCA-PISCA era mais um senão do academismo português (formada em Direito, dizia, por uma qualquer universidade), materializado na institucionalidade pública.
Conhecida por Pisca-Pisca, não só pela razão do sobrenome, mas também pela facilidade com que manipulava a intermitência entre a lógica e os seus feitios (de corpo e de alma).
Era uma intermitência regular, sendo que, em arena, a primeira sofria e falia (feitio de corpo) por imposição da segunda (feitio de alma).
Era o jeito de Priscila e no qual Priscila acreditava e bem se movia.
Colocadas as hipóteses:
H.01 – A criatura é incompetente e negativamente discriminatória. (Cedência ao preparado “drama de opereta” – lamúria, choradinho, vitimização e representações afins, pela parte das psicólogas (e demais em eventualidade) em questão).
H.02 – A criatura é manipulada pelas queixosas.
H.03 – A criatura sonega, deliberadamente, ocorrências, considerando outras, num diferencial axiológico discriminatório, para o apuramento e descrição de factos.
H.04 – A criatura inverte o sentido (lógico, dos valores e dos critérios que regem a protecção institucional) do processo de inquérito, acusando e desconsiderando o denunciador.
H.05 – A criatura está distraída ou é precipitada.
H.06 – A criatura é preconceituosa.
H.07 – A criatura é sexista no seu sentido feminista (aproveitamento da função de relatora para benefício de um género).
H.08 – A criatura é tendenciosa/parcial
H.09 – A criatura confunde histórias narradas com histórias vividas.
H.10 - A criatura negligencia as denuncias e valoriza os enfeites de narrativas de conveniência.
H.11 – A criatura promove a glorificação do incumprimento.
H.12 – A criatura legitima a mediocridade.
H.13 – A criatura julga.
H.14 - A criatura é, indubitavelmente, incompetente e nada deve ao mérito.
H.15 - A criatura tem mérito profissional.
H.16 - A criatura compensa-se pela doença do carácter.
H.17 - A criatura é incompleta.
Todas confirmadas... à excepção da hipótese H.15.
... Priscila (Pisca-Pisca) sofria com as dores dos joanetes que, mais uma vez, foram causadas pela insistência de usar sapatos que não estavam para o seu amplo pôr de pé. Apertavam. Traiu-se, de novo. Estava habituada. É parte integrante da imensidão da mediocridade que assola o espaço.
A warning...
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