A INATINGÍVEL VISÃO ÉPICA DO ORGASMO
Paulo Passos
Psicólogo Clínico
Braga, Portugal
TERTÚLIA
Cozinha do Mosteiro de Tibães, Braga
13 de Dezembro de 2013 - 18 horas
"(...) there´s someone in my head but it´s not me (...)"
"Brain Damage" - Pink Floyd
A INATINGÍVEL VISÃO ÉPICA DO ORGASMO
(modo tuga)
As incertezas face às virilidades e às masculinidades
são materializadas por, entre demais:
- lunáticos à deriva nos meandros dos próprios (e impostos) açaimes;
- vassalagem à glorificação da miséria e do sofrimento;
- necessidade de demonstração de agressividades travestidas por (falsas) valentias e de (falsos) poderes, estas enriquecidas com plumas e lantejoulas dos trajes (orgulhosamente) usados por machos humanos na tauromaquia, onde as fêmeas (apesar de agora já algumas adquiriram permissão) não se depositam na arena (grupo monossexual masculino). Admirados por uma plateia ao rubro de mulheres anorgásticas (vítimas das ejaculações precoces masculinas (para despachar mais depressa um serviço inapetecível) e das disfunções erécteis que, muitas vezes, noutras circunstâncias não existem) que, após a exibição de poder, se despejam em peças de roupa e flores atiradas para a arena, num derradeiro delírio e na tentativa de busca de uma virilidade que se debita na insuficiência mas que, remedeia, ainda que para dar nas vistas e continuar a enganar o tesão;
- gente cujos tesões estão traídos e são comandados à distância;
- gente rendida e vítima das ditaduras de vizinhança e de sangue;
- convenientes e banais pregões alusivos à macheza latina;
- identidades disfarçadas e pró-desconsciencializadas;
- gente que tanto obedece ao patrão como à imposição;
- castração dos tesões... estes ditos mal-encaminhados;
- ortodoxia axiológica face à postulação educativa e relacional;
- valorização social, religiosa e familiar de identidades/sexualidades de imposição;
- a heroísmos delirantes e valorizados, porque mal contados e irredutíveis à lógica da factologia. Relembra-se que, para a tugada, é assunto na escolaridade obrigatória, onde, em pleno contexto de escola (marcado contributo para o fiasco da sala de aula), a mesma realidade tem leituras e designações antagónicas, porque de conveniente falsidade e acrítica dominante. Exemplifica-se pelo facto de, nessas aulas, chega-se ao descaramento e amadorismo de se chamarem (em façanha de...) e ainda que com pálido orgulho (como os insonoros aizinhos dos rápidos e submissos para-orgasmos), Descobrimentos ao assalto e roubo que se fez ao Brasil, mas... chamarem-se Invasões Francesas, ao facto de estes terem invadido e saqueado este (psicologicamente pobre e imaturo) país. Ao mesmo acto, estas criaturas dão (na escola oficial) designações diferentes, consoante as necessidades de travestir a mente e enganar a fome...: roubam e dizem que descobriram... são roubados e dizem que foram invadidos... hilariante. HOMESSA;
- caça;
- velocidades mecanizadas;
- jogos de risco;
- gente que desconhece o cumprimento mas tão bem conhece a obediência e a mansidão.
A acessibilidade ao épico, catártico e urrado orgasmo fica, definitivamente, comprometida (senão impossibilitada) ... enfeitando-se com sublimações, desconfianças viris e medos dos papões.
That`s... not... all folks...
(Lamenta-se, profunda e infinitamente, o facto desse certificado estar também assinado por essa criatura que, numa noite de trovoada feia, foi nomeado, em política de direita, para director executivo... numa pura ode ao desmérito, ao mediocrismo, ao absurdo, à bizarria, à desqualificação, à ilógica e ao injusto...!)
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