RAIOS PARTAM AS CONVENIÊNCIAS NO SEU EXPOENTE MÁXIMO DA MEDIOCRIDADE...
Paulo Passos Psicólogo Clínico (Braga, Portugal) 2020 Era uma vez um gato (mais contorcionista do que) maltês. Na realidade também era um gato maltês, mas sobretudo, de puro figurino tuguês. Então…!... Era uma vez um gato tuguês. Pouco lustroso, diga-se, mas perfumava-se e ajeitava-se nas modas. Era um gato dos sabidos… e, dizia-se, não um ranhoso vagabundo qualquer. Tinha a vida num mafioso beco pouco iluminado, de uma zona pouco própria do clã da sua proveniência, onde se fabricavam muitas narrativas que, depois e a seu tempo, viravam histórias ou, no mínimo, imaculadas lendas que decoravam a sua galeria de troféus imaginados, que serviam para propagandear o espírito e a crença da fama e da invejável grandiosidade. Os amigos preferidos eram os gatos (e até algumas ratazanas) mais mafiosos e desconfiados, apesar de também se dar bem com os desvalidos na honra, sem nunca desperdiçar as aromáticas vantagens de uma conveniente volta às zonas das gatas dos bairros chiques,