VAIDADE (TRASH... A LAMÚRIA DA TRIVIALIDADE)
Paulo Passos Psicólogo Clínico, Braga / Portugal A vaidade trai, inevitavelmente. Trair é da sua condição. A vítima é o vaidoso. A vaidade firma-se na obediência ao exterior e, por tal, afasta o vaidoso dos seus puros e genuínos intentos. Torna o sujeito alheio de si e dependente das imposições da valorização de outrem, fomentando e enraizando, passivamente, o exterior como cerne da sua validação e das suas performances. Anula-se, pela internalização e reprodução constante do que ditado pelo exterior. A vaidade é a sua verdadeira traidora, transformando (o vaidoso) num objecto de valor insuficiente, pela própria ineficácia e incapacidade de autodeterminação. Mendiga, diariamente, o protagonismo que, na realidade, sabe que não lhe pertence. Invejoso, por incompletude, manipula-se como uma criatura insuportável, massacrada, viciada no egoísmo e tatuada pela frustração, com que lida de mal a pior. Repete-se, repete-se, repete-se...! Condenado à ruína (insatisfação e infelicidade), o vaido